Arte

A reconhecida artista plástica rosarina, Graciela Sacco, morreu neste domingo (5) aos 61 anos, vitimada pela agressiva metástasse de um câncer de mama, aparentemente tratado com métodos alternativos.
Seu trabalho foi marcado pela reflexão em torno da violência e a política social. Sua obra formou parte de exposições nacionais e internacionais, além de bienais no México, na Veneza e em Xangai.
Sacco apresentou seu trabalho no Brasil em 1996, na ocasião da 23ª Bienal de São Paulo, em Veneza, em 2001, e na cidade de Havana, em 1997 e 2000. Neste ano, participou da Bienal de Curitiba e da nova Bienal Sur, cujo epicentro foi Buenos Aires.
Conhecida pelo seu trabalho de impressão fotossensível em diferentes suportes, a artista escolhia imagens que ressaltassem situações limite, seja no encontro ou na solidão. Graciela persegue o tema da resistência dos indivíduos que passam por situações de exclusão, de exílio e desamparo.
A luz está sempre presente em sua produção. Em seus trabalhos, há uma não definição proposital, que inclui o essencial e, ainda assim, passa a impressão de que aquele recorte não se esgota na obra em si.
A artista também foi uma das convidadas a integrar a mostra Sublevações, com curadoria do prestigiado filósofo Georges Didi-Huberman. A exposição foi apresentada pela primeira vez no Musée Jeu de Paume, em Paris, e, posteriormente, no MUNTREF, em Buenos Aires.
Levantes, como é denomida a exposição no Brasil, que reúne obras históricas e contemporâneas em torno do tema da resistência, está sendo exibida atualmente no SESC Pinheiros (leia reportagem sobre a mostra).
Sua primiera exposição em São Paulo, Foram ao Norte Para Chegar ao Sul, na Zipper Galeria, contou com a curadoria de Diana Wechsler, pesquisadora, PHD em História da Arte e professora na Universidade de Buenos Aires (UBA), que já foi responsável pela organização de várias publicações como Realidad y Utopia (Berlín, 2010) e Territórios de Diálogo (México, 2006).