Brasileiros

Portugal recebe exposição Modernismo Brasileiro na Coleção da Fundação Edson Queiroz

Página B - Mundo

Exposição Brasileira

A mostra brasileira reúne 76 obras do acervo da instituição, uma seleção dos mais expressivos trabalhos criados por artistas brasileiros entre as décadas de 1920 e 1960.
Da Redação
Publicado em: 27/10/2017 - 19:14Alterado em: 27/10/2017 - 19:19
Lazar Segall, Duas Amigas, 1913

O Museu Coleção Berardo, de Lisboa, criado em 2006, que se encontra no edifício do Centro Cultural de Belém em Lisboa e acolhe exposições temporárias e uma coleção permanente, compostas por obras da arte moderna, contemporânea, nacional e internacional recebe este mês mostra sobre   o Modernismo Brasileiro.




Anish Kapoor, Eyes turned inward, no Museu Coleção Berardo

A exposição Modernismo Brasileiro na Coleção Fundação Edson Queiroz, com curadoria de Regina Teixeira de Barros e projeto expográfico de Daniela Alcântara, faz parte da itinerância iniciada em 2015, com passagens pela Pinacoteca de São Paulo; Casa Fiat, em Belo Horizonte; Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre; Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba; e, mais recentemente, na Casa França-Brasil, no Rio de Janeiro. Em Lisboa, a mostra segue em cartaz até 4 de fevereiro de 2018.

Ao longo dos últimos 30 anos, a Fundação Edson Queiroz (FEQ), mantenedora da Universidade de Fortaleza (Unifor), constituiu uma das mais sólidas coleções de arte brasileira. No Museu Coleção Berardo, um dos destaques é Duas Amigas, de Lasar Segall, pintura referencial da fase expressionista do artista. A exposição percorre também os chamados anos heroicos do modernismo brasileiro, apresentando obras de Anita Malfatti, Antônio Gomide, Cícero Dias, Di Cavalcanti, Ismael Nery, Vicente do Rego Monteiro e Victor Brecheret.




Ismael Nery, Autorretrato , circa,1924

A segunda geração modernista, que desponta na década de 1930, está representada por artistas como Alberto da Veiga Guignard, Cândido Portinari, Ernesto De Fiori e Flávio de Carvalho. Deste período, merecem destaque as obras de Alfredo Volpi e José Pancetti, que estabelecem uma transição entre a pintura figurativa e a abstração.




Alberto da Veiga Guignard, Balões, 1947

O núcleo dedicado à abstração geométrica – tendência dos últimos anos da década de 1940 e que se consolida na década de 1950 – abrange pintores do grupo Ruptura, de São Paulo, e artistas dos grupos Frente e Neoconcreto, ambos do Rio de Janeiro. Alguns dos nomes presentes nesse segmento são Amilcar de Castro, Franz Weissmann, Hélio Oiticica, Hércules Barsotti, Luiz Sacilotto, Lygia Clark e Willys de Castro, entre outros. Dois pioneiros da arte cinética também participam desta seleção: Abraham Palatnik e Sérvulo Esmerald.

 A produção das décadas de 1950 e 1960, revelam uma diversidade de expressões artísticas, evidentes nas obras de Ivan Serpa, Tomie Ohtake e Iberê Camargo. A mostra reúne ainda uma seleção de nomes que não aderiram a nenhum grupo da época, mas que adotaram uma linguagem abstrato-geométrica singular, mesclando-a com certo lirismo. Destacam-se, nessa seção, os pintores Antonio Bandeira, Maria Helena Vieira da Silva e Maria Leontina.

 

 

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