Arte - Sociedade

INSTITUIÇÕES

(Foto: Divulgação)
20º Festival de Arte Contemporânea Sesc Videobrasil, coletiva no Sesc Pompeia, em São Paulo, até 14/01/2018
Dirigida por Solange Farkas, essa edição do Festival contou com uma comissão composta pelos profissionais: Ana Pato, Beatriz Lemos, Diego Matos e João Laia. A comissão selecionou 68 obras de 50 artistas vindos de 25 países, que pensam práticas artísticas limítrofes às fronteiras entre as ciências, a natureza, a história e as sociedades. A mostra reúne obras bi e tridimensionais, vídeos instalados, um programa de vídeo com cinco segmentos, que será exibido no Auditório, ao longo de todo o Festival, e uma série de performances, que acontecem na primeira semana de programação, de 3 a 10 de outubro.

Beto Shwafaty, IPO (unidade estética, distribuição econômica), 2005-17
35º Panorama da Arte Brasileira – Brasil por multiplicação, coletiva no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), em São Paulo, até 17/12
Com curadoria de Luiz Camillo Osorio, a Panorama deste ano reúne obras de 20 artistas, além de coletivos do País – não só de artes plásticas, como também de dança, fotografia e arquitetura. Dentre os destaques, estão Barbara Wagner (Brasília), Benjamin de Burca (Alemanha), José Rufino (Paraíba) e Fernanda Gomes (Rio de Janeiro), com trabalhos inéditos. A mostra conta também com seleção da produção fotográfica do Coletivo Mão na Lata, da favela da Maré, e com trabalho de artistas do coletivo MAHKU, do povo indígena HuniKuin, do Acre.

Marcelo Cipis, Fluxo Direto 1, 2017
Fábula, frisson, melancolia, coletiva no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, até 29/10
A mostra é a sexta edição do Arte Atual e conta com curadoria de Paulo Miyada e Carolina De Angelis. A exposição apresenta uma instalação e duas esculturas de Pedro Wirz, 15 pinturas inéditas de Tiago Tebet e o vídeo feito originalmente para a Bienal de São Paulo de 1991, além de cerca de 10 pinturas de Marcelo Cipis. Eles reverberam porções de fábula, de frisson e de melancolia: a dimensão do mistério - a lenda, o mito - que transborda sobre a natureza apreendida pela humanidade; a excitação coletiva em estágio de espetáculo; e a inércia, desilusão ou pulsão que não alcança seu alvo.

Detalhe da obra de Di Cavalcanti, Favela, 1958
“No subúrbio da modernidade – Di Cavalcanti 120 anos”, individual na Pinacoteca, em São Paulo, até 22/1/2018
No mês em que se comemora 120 anos do nascimento de Emiliano Di Cavalcanti, a Pinacoteca abre exposição com mais de 200 obras do artista, entre pinturas, desenhos e ilustrações. Com curadoria de José Augusto Ribeiro, a mostra pretende não só trazer obras icônicas de Di Cavalcanti, um dos mais importantes artistas do modernismo brasileiro, como também apresentar aspectos menos conhecidos de sua trajetória - como sua condição de correligionário do Partido Comunista do Brasil (PCB), ilustrações que criou para capas de discos e charges para revistas.

Obra de Maria Thereza Alves, Um vazio pleno, 2017, com fabricação de cerâmica de Maximino Rodrigues e Michely Aquino Vargas, da Aldeia Jaguapirú (Foto: Michely Aquino Vargas)
2ª Frestas – Trienal de Artes, coletiva no Sesc Sorocaba, até 3/12
Com a proposta de descentralizar a produção de arte, o Sesc apresenta a segunda edição da Frestas em Sorocaba. A mostra, que neste ano reúne mais de 160 trabalhos, tem curadoria de Daniela Labra. As obras ocupam o espaço expositivo do Sesc e outros pontos da cidade, visando inserir a arte no cotidiano dos moradores. Um dos destaques dessa edição é a produção de Maria Thereza Alvez, que expõe réplicas de artefatos indígenas em várias partes da cidade, chamando atenção para os processos de apagamentos históricos. Na próxima semana, serão realizadas oficinas sobre os povos guaranis e sobre cordéis.

Marilá Dardot, A República, 2016
As Bandeiras da Revolução: Pernambuco 1817-2017, na Galeria Massangana, em Recife, de 8/10 até 3/12
Apesar de sua duração efêmera, a Revolução Pernambucana de 1817 foi a primeira tentativa vitoriosa de instalar a forma republicana de governo no Brasil. A exposição reúne documentos sobre o movimento e trabalhos de artistas visuais que se valem do suporte ou da ideia da bandeira da Revolução para atestar que, passados dois séculos, vários dos preceitos republicanos representados na frente revolucionária ainda estão por ser consolidados em Pernambuco e no Brasil. Além disso, apresenta bandeiras criadas por movimentos de origem e abrangência variada que atualizam demandas de igualdade presentes na Revolução de 1817. Com curadoria de Moacir dos Anjos e José Luiz Passos, a mostra expõe trabalhos de Ana Lira, André Parente, Fábio Tremonte, Frente 3 de Fevereiro, Graziela Kunsch, Jaime Lauriano, José Rufino, Lívia Aquino, Lourival Cuquinha, Marilá Dardot, Paul Setúbal e Traplev.

Obra de Stan VanDerBeek, Movie-Drome, 1963-1966/2012. Vista da instalação, Ghosts in the Machine, exibida no New Museum em New York, no dia 14 de julho de 2012. (Foto: Chang W. Lee/ The New York Times)
Iluminados - Experiências Pioneiras em Cinema Expandido, coletiva no Sesc Belenzinho, em São Paulo, até 15/10
A exposição, com curadoria de Roberto Moreira S. Cruz, apresenta trabalhos que utilizam o cinema como forma de expressão artística, relacionando a sua possibilidade de explorar os recursos da imagem em movimento e os diversos dispositivos de projeção elaborados pelos artistas no contexto embrionário da arte contemporânea, entre as décadas de 1960 e 1980. São exibidos filmes-instalações dos artistas Andy Warhol, Annabel Nicolson, Lis Rhodes, Regina Vater, Roy Lichtenstein, Stan VanDerBeek, Tunga, Valie Export e filmes experimentais da FluxFilm Anthology.

Detalhe da obra de Moisés Patrício, Série Aceita?, 2013/2017
Negros Indícios, coletiva na CAIXA Cultural São Paulo, em São Paulo, de 7/10 até 17/12
Com curadoria de Roberto Conduru, a mostra reúne a produção contemporânea de 12 artistas afrodescendentes de diferentes regiões do país. Para contrapor o esquecimento histórico, o racismo e a segregação, os artistas Antônio Obá; Ayrson Heráclito; Caetano Dias; Dalton Paula; João Manoel Feliciano; Moisés Patrício; Musa Michelle Mattiuzzi; Priscila Rezende; Renata Felinto; Rommulo Vieira Conceição; Rubiane Maia e Tiago Sant'Ana apresentam obras que refletem a capacidade de usar as adversidades como força de criação, resistência e luta.

Detalhe da obra de Rodrigo Bivar, Mais alguém, alguém mais?, 2017 (Foto: Maurício Froldi)
Rodrigo Bivar, individual no Instituto Figueiredo Ferraz, em Ribeirão Preto, até 23/12
Com curadoria de Taisa Palhares, a exposição do artista brasiliense Rodrigo Bivar permanece no campo daquilo que podemos considerar como pintura abstrata. No entanto, esse conjunto de telas apresenta pela primeira vez as novas incursões feitas pelo artista. Elas se distinguem pelo colorismo intenso e pela associação surpreendente de cores. Há ainda a repetição de uma estrutura espacial que serve como base para as variações.
GALERIAS

Detalhe da obra de Leda Catunda, Amor e romance, 2017
Tão diferentes, tão atraentes, coletiva na Carbono Galeria, em São Paulo, até 15/10
Na Carbono Galeria, dez artistas apresentam edições especialmente produzidas para a curadoria de Paulo Miyada: Adriano Costa, Ana Prata, Beto Shwafaty, Daniel Senise, Jac Leirner, Janina McQuoid, Leda Catunda, Lucia Koch, Pedro França e Tiago Mestre.

Detalhe da obra de Abraham Palatnik, Untitled, 2017
Abraham Palatnik, individual na Galeria Nara Roesler, em São Paulo, de 7/10 até 12/11
Um dos pioneiros da arte cinética mundial, Abraham Palatnik (1928, Natal, RN), traz seus trabalhos recentes para a sede paulistana da Galeria Nara Roesler, que o representa há quase duas décadas. A exposição reúne cerca de 15 relevos, a grande maioria inéditos, realizados no último ano (2016/2017). São progressões tridimensionais concebidas a partir de sua atual investigação com o acrílico.

Waltercio Caldas, Sem titulo, 2012
Desenhos e ou..., individual na Galeria Raquel Arnaud, em São Paulo, de 7/10 até 28/10
Esta exposição na Galeria Raquel Arnaud é uma oportunidade rara de o público visitar uma mostra de Waltercio Caldas na qual o desenho é o protagonista. Os 35 trabalhos reunidos, produzidos de 2012 até o presente, demonstram, como diz o artista, que talvez a palavra desenho não caiba na complexidade do que acontece com os objetos tridimensionais em papel. Na abertura da exposição, dia 07 de outubro, às 12h, será lançado o livro “Os Desenhos”, de Waltercio Caldas.

Detalhe da obra de Lenora de Barros, Mim quer sair de si, 1993
Respirar sem oxigênio, coletiva na Galeria Millan, em São Paulo, de 10/10 até 4/11
A exposição, organizada pela artista Regina Parra, reúne trabalhos de 24 artistas, incluindo nomes da nova geração — Bruno Levorin, Claudio Bueno, Gui Mohallem, Haroldo Saboia, Heloisa Franco, Julia Gallo & Max Huszar, Julia Ayerbe, Laura Davina, Malka Borenstein, Patrícia Araujo, Thany Sanches — em diálogo com obras importantes de Ana Mazzei, Afonso Tostes, Artur Barrio, Caetano Dias, Fancy, Lenora de Barros, Leticia Parente, Jannis Kounellis, Regina José Galindo, Nelson Felix, Tatiana Blass e Tunga. A proposta é investigar a vulnerabilidade do corpo como um meio para criação de novas potências a partir de um rico diálogo entre diferentes gerações de artistas brasileiros e estrangeiros.

Detalhe da obra de Ana Prata, Escultura, 2017
Miss Natural e outras pinturas, individual na Galeria Millan, em São Paulo, de 10/10 até 8/11
A mostra de Ana Prata ocupa o Anexo Millan e reúne em torno de 20 pinturas em óleo sobre tela. A artista opera com narrativas não lineares, onde aspectos temáticos e formais se entrelaçam. Na exposição algumas famílias de trabalhos são apresentadas, entre elas: figuras humanas, formas geométricas, paisagens e pinturas abstratas gestuais. Um triângulo pode tanto apresentar referências simbólicas como pode remeter a um vocabulário pictórico do séc. XX. Temas como este, quando colocados ao lado das pinturas de figuras femininas, fazem emergir outros sentidos formando uma teia que não procura encontrar uma resposta, mas sim abrir caminhos de percepção.